Por que o sono é importante para a sua rotina de treinos?

O estilo de vida que você leva influencia diretamente no resultado da sua performance, e para isso é necessário se ter saúde, algo que é mais abrangente do que pensamos e se relaciona com padrões de comportamentos e hábitos que temos no dia a dia, como por exemplo, um sono regular e de qualidade associado a prática constante de atividade física, fatores que têm relação direta um com o outro.

A importância do sono para o bem-estar e bom funcionamento do organismo já é demonstrado por muitos estudos, o sono insuficiente tem sido associado a efeitos prejudiciais à saúde, bem como perda de produtividade e aumento de acidentes e lesões, já que ele age como modulador essencial do funcionamento metabólico, incluindo o metabolismo energético, a regulação da glicose, reposição de hormônios e recuperação muscular. Um estudo da Faculdade Americana de Medicina do Esporte mostrou que atletas que treinaram após noites mal dormidas tiveram pior desempenho atlético. Os pesquisadores também descobriram que a privação do sono leva a mente a fazer com que o corpo “desista”, mesmo que esteja fisicamente capaz de continuar.1 

Para executar qualquer atividade física,nosso corpo depende da energia armazenada nos músculos (o glicogênio), e quando essa reserva de está baixa, faz com que ocorra a fadiga muscular, e quando nos exercitamos sem dormir direito, os músculos se cansam antes mesmo do estoque de glicogênio reduzir significativamente. Enquanto dormimos, o organismo libera uma série de processos de restauração das lesões que foram adquiridas durante os treinos, auxiliando a  repor os níveis de energia, foco e disposição para as atividades do dia  seguinte serem executadas com concentração e sem risco de lesões.2

A redução do metabolismo durante o sono e a sensação de fadiga descrita por sujeitos privados de sono reforçam a hipótese de que o sono tenha uma função restauradora, na qual a sua atividade anabólica é favorecida após alta atividade catabólica durante atividades físicas.3 Dentre as variações dessa função restauradora incluem: o aumento da duração do sono; diminuição do período de latência; diminuição dos movimentos durante o sono; aumento da fase de ondas lentas; e a diminuição do sono REM e um atraso em relação ao aparecimento do sono REM.4

Além disso, a teoria da conservação de energia também é baseada na redução da taxa metabólica que é observada durante os períodos de sono. O exercício, portanto, facilitaria o sono por aumentar o gasto energético durante a vigília e isto aumentaria a necessidade de sono, de forma que se possa alcançar um balanço energético positivo e se restabeleça a condição adequada para um novo episódio de vigília, reforçando ainda mais a relação direta entre esses dois fatores.5

Um efeito indireto da privação do sono, observado em atletas, é o aumento da probabilidade de lesões por “overuse”, que normalmente ocorrem devido a um volume de carga de treino excessivo, por um período de tempo. Isso porque, quando um atleta está com déficit de sono, a tolerância ao exercício diminui e estas lesões podem ocorrer com uma carga de treino muito menor.3

Os efeitos fisiológicos da privação do sono na performance atlética, são profundos, e incluem diminuição da capacidade motora e do tempo de reação, o que aumenta a probabilidade de lesões. Os níveis de glicose estão alterados no atleta que sofre de privação de sono, o que influencia negativamente a performance, principalmente em provas de endurance onde é necessário que as reservas energéticas estejam restabelecidas. Além disso, pensando pelo lado psicológico, os efeitos da falta de sono podem ser profundos. Alterações no sentido de humor, a sensação de cansaço, a ansiedade, são o resultado muitas vezes de uma noite mal dormida e altera por completo a pré-disposição para a competição, com resultados muitas vezes aquém do esperado.4 

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Referências

  • Pote, G. (2018). Sono e hábitos alimentares no ambiente urbano: O papel da crononutrição. Anais da Sociedade de Nutrição, 77 (3), 189-198. doi:10.1017/S0029665117003974
  •  Martins, P. J. F., Mello, M. T. de ., & Tufik, S.. (2001). Exercício e sono. Revista Brasileira De Medicina Do Esporte, 7(1), 28–36. https://doi.org/10.1590/S1517-86922001000100006
  • Driver HS, Taylor S. Exercise and sleep. Sleep Med Rev 2000;4:387-402.
  • SOARES, M.J.R.C. Influência da qualidade do sono na performance dos atletas de alta competição. Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar, 2012.
  • Berger RJ, Phillips NH. Energy conservation and sleep. Behav Brain Res 1995;69:65-73.

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